Acredito que precisamos destravar certos preconceitos com relação à contratação de mão de obra. Existem forças de trabalho que podem e devem ser consideradas na contratação de colaboradores para as nossas empresas.
Queremos identificar sempre os melhores candidatos, com as melhores formações e experiências adquiridas e, claro, se possível alinhado com a nossa política salarial. Muitos profissionais da nossa área de Recrutamento e Seleção ficam inseguros em apresentar profissionais que possam ser questionados pelos requisitantes e pela empresa.
Esta insegurança os impede em que todos, independente de raça, cor, credo, sexo, opções várias, idades várias, (jovens, idosos, aposentados), experiência X potencial de desenvolvimento sejam avaliados pela sua competência e contribuição à empresa se, contratados. Todos indistintamente merecem concorrer às oportunidades oferecidas. Programas de jovem aprendiz, estagiários, trainees, PCD (o INSS tem um Banco de profissionais cadastrados esperando oportunidades), etc.
Quantas vezes ao apresentar candidatos ao requisitante e opinar sobre cada um, fui surpreendido com o resultado que o candidato sem tanta experiência poderia pelo potencial apresentado tornar-se um bom colaborador em breve. Para isto, um bom programa de treinamento e uma programação salarial escalonada poderia fazer toda a diferença.
Enquanto a experiência é adquirida, o salário é ajustado até atingir a faixa do cargo. Simples? Não, pois há a necessidade de pessoas e áreas envolvidas contribuírem para que esta negociação se formalize. Boa vontade do gestor requisitante com a programação da área de remuneração e benefícios. Há outros que não falam, não se expõem, usam o silêncio e descartam candidatos sem justificativas e claros preconceitos inconcebíveis.
Se as empresas não tiverem esta resistência e preconceitos de nenhum tipo, esta força de trabalho poderá ser aproveitada e desenvolvida, sempre conforme a cultura e a disciplina da empresa. Algumas crenças religiosas tem algumas restrições, cito aquela que o colaborador não pode atuar aos sábados (guardam o sábado) e a empresa tem o seu horário de segunda a sábado, claro que não será possível contratá-lo, porem deve ser informado do porquê não participará do processo seletivo.
O importante é que possamos avaliar a competência independente de preconceito e que o RH, com a liberdade que lhe é dada ou conquistada, possa monitorar comportamentos de colaboradores ou gestores até que esta iniciativa seja aceita com normalidade e a empresa, um exemplo de diversidade bem sucedida (CASE).
Que tal pensar no assunto e abrirmos as portas do emprego para tantos que necessitam só de uma oportunidade. Respeito, acolhimento, solidariedade, e responsabilidade social podem ser diferenciais para a empresa.
Pedro Morbach é Head e Job Hunter, Palestrante Motivacional, atua na Pedro Morbach Treinamentos e Eventos e colunista da Gente Mais.
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