top of page
Tati Souza

Os 12 arquétipos de Jung e o impacto deles na identificação de nosso propósito

Atualizado: 31 de mar. de 2022

Para aumentar a compreensão desse artigo, quero iniciar com uma pergunta:

Você sabe qual é seu propósito de vida?

Se a resposta foi sim, fico feliz, talvez o artigo lhe ajude a deixa-lo ainda mais claro.

Se a reposta foi não, sinta-se feliz, talvez até o final desse artigo você tenha mais clareza sobre esse assunto.


Meu objetivo com este artigo é embasar que o estudo realizado por Carl Jung sobre os Arquétipos e o inconsciente coletivo, pode carregar em si grandes lições que nos ajudam a compreender nosso verdadeiro papel no mundo.


Arquétipo é um conceito que representa o primeiro modelo de algo. O termo teve origem na Grécia antiga e nasce da junção das palavras: archein que significa “original ou antigo” e typos que significa “padrão, modelo”.


Em termos teóricos, trata-se de um conjunto de modelos de ideais guardados no inconsciente coletivo. Mas, em linhas gerais, é possível dizer que os arquétipos são imagens formadas pela repetição constante de experiências que são gravadas em nós e nos conduzem de forma indireta durante a nossa trajetória.


Se nos conduzem de forma indireta durante nossa trajetória, podemos entender que mesmo inconscientemente, somos guiados por algo acima de nossas vontades, e pode estar justamente aí, sem darmos a devida atenção, o nosso proposito de vida.


Para Jung, nós não nascemos como uma folha em branco e sim com características inatas que são resultados do processo de evolução da humanidade. E por esse motivo eu acredito, que todos nós, nascemos com um propósito definido, porem não claro para maioria das pessoas, ou as vezes, não aceito pela maioria das pessoas.


O que tenho visto ultimamente, é o “endeusamento” de alguns tipos de propósitos, em detrimento a “negação” de outros. Como se uns fossem melhores que outros.


Se, de acordo com a teoria de Jung, nascemos com uma herança psicológica, somada à herança biológica, acredito que também, junto a essa herança, nascemos com um proposito definido.


Para Jung, todos nós possuímos vários arquétipos que estão presentes na construção da personalidade. Mas, a tendência é que exista um arquétipo dominante e outros dois que são secundários, e a compreensão dos arquétipos que prevalecem em nossa personalidade pode nos guiar de forma assertiva para a identificação e clareza de nosso proposito no mundo. Vamos a eles:


1- O Inocente

Pessoas na maioria do tempo otimistas, sonhadoras e esperançosas. Podem apresentar uma certa ingenuidade e geralmente lutam para evitar conflitos. Seu desafio é a necessidade de agradar e pertencer, por isso na maior parte do tempo estão construindo relações ou ambientes harmônicos e inclusivos.

Pode fazer parte do propósito de pessoas com base neste arquétipo, trabalhos que envolvam gestão de conflitos, inclusão (de qualquer natureza) e até mesmo trabalhos com base em ideias humanitários ou sociais.


2. O Sábio

Pessoas lógicas, verdadeiras e criteriosas. Buscam a verdade por meio do conhecimento, com uma tendência a serem metódicas e muito detalhistas. Seu maior desafio é ficar presa nos pormenores e agir pouco, por isso usam sua inteligência para ajudar as pessoas em seu entorno a agirem com prudência.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam direcionamento, planejamento e analise, bem como atividades de ensino, pois podem ser ótimos professores.


3. O Aventureiro

Pessoas que buscam liberdade, ousadia e independência. A busca por uma vida sem rotina e com autenticidade é algo marcante neste arquétipo. Seu maior medo é se tornar conformista e seu desafio é lidar com seu idealismo, que pode transformá-lo em um indivíduo sempre insatisfeito.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam empreendedorismo ou que exijam desenvolvimento de novos mercados.


4. O Fora da Lei

Pessoas com uma personalidade que gosta de questionar, provocar e quebrar as regras vigentes. Seu principal objetivo é transformar o que está obsoleto e seu principal desafio é lidar com uma certa tendência a riscos desnecessários.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam transformação ou quebra de paradigmas.


5. O Mago

Pessoas intuitivas, visionárias e inventoras. Esse arquétipo não dá muita importância para questões objetivas e lógicas. Entretanto se esforçam para conhecer a fundo o funcionamento das pessoas e das coisas.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam pesquisas e desenvolvimento.


6. O Herói

Pessoas protagonistas, corajosas com grande vitalidade. A figura do herói busca sempre provar o seu valor por meio de atitudes grandiosas e corajosas e com o objetivo de buscar o bem maior. Geralmente, possuem uma causa, uma bandeira. Seu maior desafio é lidar com a arrogância e ambição.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam empreendedorismo ou lutas sociais.


7. O Amante

Pessoas intensas e envolventes. Tem um grande senso estético, atraentes e movidas pelo desejo de parceria. Não só no amor romântico, mas todas as formas em que esse sentimento se manifeste. O principal desafio aqui é perder sua própria identidade pelo desejo intenso de agradar e encantar o outro, por isso geralmente são pessoas muito doadoras.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos assistenciais ou que envolvam o cuidado.



8. O Comediante

Pessoas com princípios pautados pela diversão, leveza e espontaneidade, sem muito receio do julgamento alheio. Seu principal talento é a alegria e sua missão é levar isso para o mundo. Seu principal desafio é não se manter na superfície das coisas e também aprender a administrar melhor seu tempo.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos artísticos ou com entretenimento.



9. O comum

Pessoas realistas e simples. Não possuem desejo em se destacar, e sim de pertencer. Não tem a necessidade de impor suas convicções ao meio que se encontra. Deseja apenas desenvolver virtudes comuns e ser útil. Sem grandes pretensões, porem com altíssima capacidade de ajuda.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos mais operacionais, de bastidores, entretanto necessário ao mundo.



10. O Prestativo

Pessoas altruístas, protetivas e empáticas. Seu maior desejo é cuidar e ajudar o maior número de pessoas e seu desafio é não carregar as dores do mundo e também não sufocar quem o rodeia.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos assistenciais ou que envolvam aconselhamento.



11. O Governante

Pessoas com alta capacidade de liderança, solidez e excelência. A responsabilidade é um traço marcante deste arquétipo, que costuma atuar muito bem diante de regras claras. Existe também a necessidade de controle e poder. Seus desafios implicam em saber delegar e ser flexível.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam gestão de equipes ou persuasão.


12. O Criador

Pessoas criativas, artísticas e inovadoras. Sempre em busca de harmonia e também de reconhecimento. É semelhante ao explorador, no sentido de buscar novas soluções para situações arcaicas e defasadas. Geralmente, é perfeccionista e se recusa em ficar preso na mediocridade. Seu desafio é a inconstância e pensar muito mais do que agir.

Pode fazer parte do proposito de pessoas com base nesse arquétipo, trabalhos que envolvam criatividade e inovação, em qualquer área.


Vale ressaltar que essa não é a única classificação dos arquétipos de personalidade de Jung e que existem outras categorizações diferentes – embora sejam muito semelhantes. De qualquer maneira, é um tema interessante que vale um aprofundamento de quem se interessa por autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, e principalmente por pessoas que estejam em busca de compreender mais sobre seu propósito no mundo.


O que precisamos evitar, é desejar desenvolver habilidades de um arquétipo que não seja o nosso arquétipo natural, pois dessa forma, estamos matando nossos talentos e dando valor a habilidades que podem custar muito caro para desenvolvermos e mesmo depois de desenvolvidas não proporcionarão sentimento de realização.


E então, preparado para assumir seu propósito?


111 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page