Sem marketing vazio ou modismos, é necessário pensar em sustentabilidade e meio ambiente na sua empresa.
Texto por Diego Taketsugu*
Nos últimos anos, ideias como sustentabilidade, inclusão e igualdade ganharam o meio corporativo. Mas como e por que trazê-las para dentro da sua empresa? A resposta é simples: os investimentos e consumidores estão cada vez mais preocupados com esses pilares.
Daí nasce o termo ESG – Environmental, Social, Governance – Inglês para meio ambiente, sociedade e governança, criado em 2004, numa parceria entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial. Desde então, o ESG ganhou importância no mundo corporativo e os investimentos relacionados à área já chegam a cerca de 31 trilhões de dólares por todo o mundo, segundo a Global Sustainable Investment Alliance.
O setor de Recursos Humanos pode ser a grande estrela para levar o ESG para a sua empresa, uma vez que ele pode, na parte social, trabalhar por uma inclusão maior de funcionários de grupos minoritários, buscar uma maior equidade de gênero e criar políticas internas de acessibilidade e igualdade. Por outro lado, cabe aos gestores da empresa buscar políticas ambientais, como fechar parcerias com ONGs de preservação e recuperação do meio ambiente, reduzir suas emissões de gases estufa, praticar a coleta seletiva dentro da empresa e até mesmo engajar os colaboradores em projetos ecológicos da própria organização.
Mas atenção! Muitas empresas hoje em dia acabam fazendo o chamado “greenwashing” (lavagem verde, em tradução livre), ou seja, tomam um banho de ações marqueteiras para passar uma boa imagem para o público de fora, mas internamente não se importam com a preservação do meio ambiente e isso pode acabar saindo pela culatra, causando uma repercussão negativa para o nome da empresa.
Trabalhar com ESG é, portanto, um trabalho de formiguinha e de longo prazo e não uma ação que a organização faz uma vez por ano só para ganhar marketing. Um bom trabalho de ESG deixa as atitudes falarem por si e, em uma Pequena e Média Empresa (PME), a própria comunidade verá a preocupação de uma organização, sem que o departamento de comunicação precise bradar aos 4 ventos o que foi feito. De maneira simples, as ações de sustentabilidade e inclusão social devem refletir as políticas internas da empresa. Se ela é amigável a minorias, acredita em maior igualdade e se preocupa de verdade com o meio ambiente, o trabalho de ESG será naturalmente bem feito.
*Estagiário Gente Mais sob supervisão da jornalista Thayná Fogaça
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