Quando falamos sobre conflitologia, a gente sabe que falta diálogo entre as pessoas. Conflitos interpessoais são ideias antagônicas que paralisam as ações para se chegar a um consenso.
Quem de nós nunca experimentou não ser aplaudido ou reverenciado por alguém ou um grupo? Surge uma dor. A dor de não ter uma ideia aceita ou defendida. Sentimos neste momento a solidão, a rejeição, um aperto no peito. Para defender a si mesmo e evitar a dor do abandono, lutamos ou conflitamos. Fugimos da dor porque temos medo. Partimos para a luta porque possuímos a raiva que quer evitar sentir medo. O medo de não sermos aceitos é capaz de retirar o discernimento do pensamento equilibrado, silenciando o neocórtex e adiando a decisão sobre o que fazer diante de ideias antagônicas. Entramos no conceito binário de sobrevivência e fazemos uso do cérebro reptiliano, conhecido como “cérebro instintivo”, responsável pela regulação das sensações primárias como fome, frio, sono, sede e outros. Quando uma situação não nos agrada é fácil reagirmos por reflexo, devido à esta parte antiga cerebral. Na realidade não há nada de errado em discordarmos de alguém e de todos não concatenarem conosco. Ideias diferentes avançam na direção de novas conquistas no mundo. Além de serem o começo das soluções dos conflitos. Este é o primeiro passo para a diversidade, conceitos disruptivos, mentes ágeis, flexibilidade mental e tantos outros conceitos que estão em voga, conclamando o direito à liberdade de pensamento que está na nossa Constituição Federal, Art. 5º, IV: “É livre a manifestação do pensamento...” O segundo passo é saber se reservar para ser humilde o suficiente para ouvir. É o outro lado que nem sempre aprovamos, mas que pode ser enriquecedor na solução dos conflitos. Se todas as pessoas pensassem de forma igualitária não avançaríamos e ficaríamos estagnados nas mesmas questões. Um indivíduo progride a cada dia na vida, mas um grupo heterogêneo cresce mais rápido e vai mais longe. O terceiro passo é ter um líder ou mediador deste grupo heterogêneo. A dimensão deste grupo está diretamente ligada ao compromisso deste líder. Em tempos de cooperação, é fácil imaginar a solução bem próxima e os avanços galopando a passos largos. O contrário disso é o antagonismo e a concorrência que traz as atenções para si, paralisando toda a equipe, até que se resolva o conflito e possa seguir novamente. É perceptível a força contrária em paralisar e novamente se realinhar (talvez com um sistema novo) em busca da consecução de uma meta. É o que chamo de desnecessária perda de tempo! Pouca inteligência! Discussões intermináveis!
O mundo mudou após a pandemia do COVID-19. O lema é girar com os recursos que temos. Ideias inovadoras são bem-vindas. Foco e redução de estresse são as manivelas. Como um moinho que jorra habilidades de cada indivíduo, é tempo de conhecer seu colaborador e fazer o possível em resolver seus conflitos internos, pois eles refletirão nos conflitos relacionais de sua equipe e serão motivos de paralisações de seu projeto. Você ajuda muito seu colaborador ouvindo sua história, seu ponto de vista, sem precisar fazer perguntas diretas sobre sua vida. Após ouvir, pode ser revolucionário na vida dele a sua opinião, às vezes uma simples palavra na hora certa.
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