Vivemos em um mundo onde a particularidade é um aspecto a ser agradecido. Quantas pessoas existem e quantas delas tem todas as características idênticas, em personalidade ou genética a você? A resposta é: nenhuma.
Seu sonho pode ser uma profissão, um objetivo de aquisição, uma viagem, uma família, uma graduação, entre outras milhares de coisas que podem existir na sua particularidade, que te tornam você e o que você considera como estar realizado. Mas, ainda assim, você é um ser com sua particularidade, dentro de uma sociedade com muitos outros seres, que assim como você, necessitam de um sonho.
Quantas vezes você já se pegou olhando ao redor, para uma rede social, para uma história em um livro, ou numa roda de conversa e se pegou viajando no sonho do outro, e se perguntando: “Quando eu irei viver isso?”? E quantas vezes você já se questionou quantas pessoas ao seu redor, te ouvindo, se perguntaram a mesma coisa?
Diariamente, somos inundados de informações, submergidos pela perfeição, pelo sucesso e pela realização. As fotos, frases e personagens que rodam em nossas telas, na maioria dos casos, não pessoas reais e verdadeiras, criam em nós, assim como em algum momento também foi criado neles, o ideal de sonho, felicidade e sucesso.
A perfeição não nos motiva, ela nos dá um motivo para parar!
Não somos seres perfeitos, quem admiramos também não, mas até quando a perfeição criará em nós sonhos moldados ao outro, como uma forma de se encaixar em busca de ser feliz? E até quando perderemos a oportunidade de inspirar o outro, não à busca de algo inalcançável, mas sim a viver sua particularidade e o seu sonho, mesmo que de maneira imperfeita?
É inevitável dizer que com tantas informações não sejamos minimamente inspirados, moldados ou parados pelo que vemos no outro, a diferença é que podemos tirar o melhor do que vemos no outro, inspirados na coragem, determinação e honestidade, podemos ser moldados pelo o que o outro é, e assim vivermos uma vida medíocre e infeliz por não sermos quem somos, ou nos paralisamos com medo de nunca sermos alguém tão feliz quanto quem admiramos.
Quantas coisas podem ser tiradas tão facilmente de nós e quantas coisas podemos dar com a mesma facilidade ao outro?
É evidente que não podemos obrigatoriamente formar no outro a necessidade de sonhar e buscar a realização do sonho, mas, ainda podemos em detalhes, atitudes, algumas palavras, entrelinhas transformar a vida de alguém o inspirando por meio do sonhador que somos.
Um país inteiro se junta numa Olimpíadas para torcer, não só pela vitória da nação, mas pelo sonho do outro. Quantas pessoas temos visto, motivadas, por uma competição, a voltarem a lutar por aquele sonho antes perdido?
Ainda há tempo para ser um sonhador, e há ainda mais tempo para inspirar o outro a ser! Não seja perfeito, não exija que outro seja, mas na imperfeição, seja alguém que inspira e não paralisa!
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