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Tati Souza

Era uma vez...

Atualizado: 12 de jul. de 2022

... uma jovem decidida a descobrir a resposta para uma pergunta aparentemente muito simples: Até onde eu posso ir?

Na terra onde nasceu, meninas e mulheres seguiam códigos sociais e morais um tanto diferente dos impostos aos meninos e homens. Ter uma carreira, por exemplo, era uma ousadia em uma sociedade que lhe cobrava casamento e filhos, com dedicação integral à casa e à família.


Só que aquela jovem, que não nasceu em berço esplêndido, nunca se conformou com os “nãos” que ouvia.


Ela até sonhava com o príncipe encantado como as outras Cinderelas da sua idade, mas queria mais, muito mais. O príncipe era uma peça importante, mas somente uma peça no quebra-cabeça da sua vida - não o jogo inteiro.


Por mais que ela tentasse agradar seus pais, eles acabavam não entendendo realmente o que ela queria. Nem as amigas compartilhavam dos sonhos que lhe roubavam o sono todas as noites.


Sem conseguir explicá-los, ela traçava planos para realizá-los. A qualquer preço. Mesmo sem ajuda de uma fada madrinha. Afinal, nem toda Cinderela tem a sua.


“Se tenho a capacidade de sonhar, tenho também a de realizar”, repetia para si mesmo, todos os dias, diante do espelho. “E vou conquistar tudo que puder, com as minhas mãos, o meu suor, o meu dom. Qualquer que ele seja.”


Ao ousar sair do roteiro escrito por pessoas que ela nem conhecia, a jovem começou a descobrir o mundo – o seu e o de outras pessoas.


No início, foi bem mais difícil do que ela imaginava. Por todo canto, ela esbarrava em “madrastas”, como aquelas dos contos de fada tradicionais. Eram pessoas gananciosas e egoístas, homens e mulheres, dispostas a acumular em benefício próprio. Parece até que tinham prazer em roubar os raios de sol - só para deixar os dias dos outros mais cinzentos.


Nessas horas, ela se sentia muito só e incapaz. No escuro do seu quarto, ela derramava lágrimas e até pensava em desistir. Perguntava-se:


Onde arranjar forças?

Como resistir à pressão?

Por que tem que ser tão difícil?


Só que a força dos seus sonhos era muito maior. No dia seguinte, ela já se levantava pronta para lutar, para errar, para aprender e para crescer com cada gota de suor, cada lágrima, cada experiência. Ela aprendeu que era daí que nascia sua força: do seu interior.



E quanto mais ela acreditava em si,

mais ela podia,

mais ela alcançava.




Também aprendeu que a jornada se tornava ainda mais especial ao encontrar alguém disposto a guiá-la ou a ajudá-la a mover barreiras, a destruir muros e a construir pontes com ela. Nesse momento, o sonho tornava-se coletivo, ganhava outra forma e ficava muito, muito mais poderoso.



Ao contrário dos contos de fada tradicionais, sua trajetória nunca foi uma linha reta – nem a pessoal nem a profissional. Ela mudou de emprego e até de carreira mais de uma vez; casou-se duas vezes; gerou dois filhos; adotou no seu coração outros dois; fundou duas empresas; criou um instituto; perdeu as contas de quantas vezes repaginou o visual…



Coragem não lhe faltava para (se) transformar.

E essa coragem brotava do fundo da sua alma

e ficava mais forte à medida

que ela se conhecia,

que se desenvolvia,

que se respeitava.


Sabe a única coisa que nunca mudou?


A sua capacidade de sonhar e a sua vontade de realizar.


Apesar de tudo.

Apesar de todos.

Contudo.

Com tudo.

Com todos.


Ela continuava a carregar consigo aquela mesma certeza de quando era menina: nada é impossível.


Diante dos desafios, ela repetia:


Enfrente.

Em frente.


Cinderela ou não,

com príncipe encantado ou não,

ela não tinha dúvidas

de que poderia chegar aonde quisesse.




“A vida foi feita para ser vivida”, repetia para quem quisesse ouvir, “e esse roteiro cabe a cada um escrever e reescrever, quantas vezes quiser, da forma que bem entender”.


E a felicidade?


Ah, essa não podia ficar só para o fim da história.


Afinal, ela acontece aqui e agora.


O príncipe encantado encontrou e, juntos, eles fazem a vida valer a pena. 😉



Referencia:

Primeiro Capitulo Livro Muito Além de Cinderelas.


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