Como esse teste pode nos ajudar a entender como formamos nossa personalidade e quais comportamentos podem ser nocivos.
Texto por Diego Taketsugu*
Seguindo nossa jornada pelas ferramentas de assessment, hoje vamos conversar um pouquinho sobre o teste de Egograma. Como todas as outras ferramentas, o Egograma serve para conhecermos melhor a nós mesmos e àqueles à nossa volta, num ambiente corporativo, pode ser usado para conhecermos melhor os colaboradores de sua equipe e, assim, montar uma equipe que se complemente e trabalhe em harmonia.
O pai deste método é o psiquiatra canadense Eric Berne (1910-1970) que buscou entender qual é a unidade básica do comportamento humano, ou seja, a estrutura mais simples deste comportamento, que serve de base para todas as outras estruturas maiores (pense como se fosse o “tijolinho” do comportamento humano). Ao identificar esta unidade, Berne deu o nome de “transação”. Transação seria a comunicação que a pessoa estabelece consigo mesma e com as demais.
Berne notou que, quando estão se comunicando, as pessoas têm uma série de atitudes comuns (não a todos, mas entre grupos de pessoas, ou seja, você pode ter uma atitude x, outra pessoa ter uma atitude y. Isso não significa que são atitudes únicas, mas que pertencem a grupos diferentes). Também percebeu que os indivíduos estão constantemente mudando enquanto estabelecem a comunicação, por exemplo: mudam o tom de voz, as palavras utilizadas, as expressões faciais.
O psiquiatra diz ainda que todas as interações de uma criança com adultos vão, de alguma maneira, influenciar na formação de sua personalidade. Baseado nisso e nas personalidades das pessoas, Berne criou, na década de 1950, uma técnica simples que objetiva encontrar cada elemento que facilite essa comunicação ou essas interações. A essa técnica, deu o nome de Análise Transacional.
O Teste de Egograma
O teste de Egograma em si é um “exame” baseado na análise transacional, comparável a outros exames, por exemplo, se um cardiograma irá analisar o coração de alguém, o egograma irá analisar os Estados de Ego da pessoa. A ideia do Egograma é dissecar a vida de uma pessoa, desde o dia de seu nascimento até o momento atual. Nele, é analisada a infância da pessoa, bem como possíveis traumas que possam ter acometido ela, como ela se relaciona, quais os seus sentimentos e quais comportamentos ela tem que podem ser nocivos a sua vida e seus objetivos. Através do Egograma, podemos identificar os seguintes Estados de Ego nas pessoas:
Criança Adaptada: Sempre trabalhando pela felicidade alheia, as pessoas neste Estado de Ego lidam bem com aqueles ao seu redor e são o que geralmente temos em mente quando pensamos em um “ótimo funcionário”. Bastante obedientes e educadas, se sentem bem à vontade seguindo regras e são retraídas. Costumam sentir medo com frequência e procrastinam as ações que dependem de uma tomada de decisão. Possuem muitos projetos mas sentem dificuldade em colocá-los em prática.
Criança Livre: Diferente do Estado anterior, neste se encontram pessoas de espírito livre, curiosas, espontâneas e que agem por impulso, com muita coragem para mergulhar de cabeça em seus próprios projetos e empreendimentos. Não lidam bem com regras muito engessadas e gostam de desafiar a ordem vigente.
Pai Crítico: Muito perfeccionista, a pessoa neste Estado de Ego cumpre sempre sua palavra. É muito rigoroso quando cobra (tanto a si mesmo quanto aos outros) e valoriza muito tradições e regras. É uma pessoa muito responsável e organizado, mas pode menosprezar aqueles ao seu redor e supervalorizar seus defeitos.
Pai Protetor: Atencioso e prestativo, quem se encontra neste Estado de Ego sente prazer em lidar com as pessoas e ajudá-las. Sente uma dificuldade imensa em dizer “não”, sente pena com facilidade e age de forma altamente emocional.
Adulto: Fria e calculista, esta pessoa irá analisar a situação por todos os ângulos antes de tomar uma decisão. Tem uma incrível capacidade de controlar suas emoções em uma conversa e está sempre um movimento à frente no jogo de xadrez da vida. Valoriza muito a lógica e a racionalidade e dificilmente demonstra emoções, podendo ser lida como uma pessoa fria, muitas vezes.
Agora que você já sabe o que é o Egograma, que tal conhecer mais ferramentas de Assessment e como elas podem ajudar você e sua empresa a aumentar a produtividade?
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*Estagiário Gente Mais sob supervisão da jornalista Thayná Fogaça