O novo normal tão difundido e falado para se viver e se dar bem no pós-pandemia parece que se tornou mais difícil de ser alcançado.
Sem querer entrar muito na questão econômica deixada pela pandemia do Covid-19, que custou valores imensuráveis e ainda estamos pagando a conta.
Nem bem tínhamos associados os golpes sofridos por essa crise e logo em seguida vem a guerra Rússia x Ucrânia, complicando ainda mais o cenário econômico mundial, atingindo ainda mais a situação financeira de todos nós. E para piorar surge um novo fato na geopolítica internacional, a tensão entre China e Taiwan, que desestabiliza ainda mais esse cenário.
Mas, na verdade quero falar do outro lado da crise, aquela que fica mais difícil de mensurar: o efeito negativo na saúde física e mental. Tão danoso quanto ao efeito econômico.
Sabemos que toda crise é um momento desafiante de muito estresse, que geralmente causa desequilíbrio físico, mental e psicológico e costuma deixar sequelas, as vezes irreparáveis.
Os efeitos devastadores trazidos pelo Covid-19, afetou diretamente a saúde física e mental das pessoas, como em toda crise, mas dessa vez parece que foi muito mais profundo. Segundo a ONU houve um aumento de 33% os casos de depressão e ansiedade. Aliás essa última é considerada o mal do século.
Ainda para agravar surgiu um novo transtorno: o languishing. Traduzido literalmente como abatimento ou apagão. Um sentimento persistente de apatia, de difícil definição, meio termo da felicidade extrema e da tristeza angustiante.
Sabe a aquela sensação de que sua vida está estagnada.
Enquanto na síndrome de burnout a sensação é de um motor pifado por superaquecimento, no languishing é como o motor só pegasse no tranco
A pessoa não consegue se encaixar em nenhuma dessas situações: nem pessimista nem otimista.
Fez me recordar a estória do pai de dois filhos gêmeos univitelinos, bastante parecidos fisicamente, porém totalmente diferentes quando se tratava a encarar a vida. Um feliz e otimista. O outro totalmente oposto: triste e pessimista.
O pai no dia do aniversário deles resolveu fazer uma brincadeira com os garotos. Deu ao pessimista uma bicicleta e ao otimista um potinho com cocô de cavalo.
O primeiro olhou para a bicicleta e começou a reclamar:
- Que droga! Vou andar de bicicleta, e com certeza irei cair e me arrebentar todo.
Já o segundo abriu a lata e vendo que continha cocô de cavalo, saiu feliz gritando:
- Que legal! Acabei de ganhar o meu primeiro cavalo.
Uma outra estória conta que um Presidente de um certo país, preocupado com a situação econômica bastante crítica, pediu uma pesquisa para saber como o povo estava encarando aquela situação.
De posse da pesquisa o Ministro da Economia começou lendo o relatório, dizendo que a metade da população estava otimista, achando que iria comer merda.
O Presidente estranhando a informação perguntou ao Ministro:
- Não seriam estes os pessimistas?
Sem pestanejar o Ministrou retrucou de bate pronto:
- Não Senhor. São os otimistas mesmo. Os pessimistas estão achando que a merda não vai dar para todo mundo.
Tudo muda da maneira que você encara a situação. Embora a realidade seja a mesma, para uns as crises são problemas e para outros são oportunidades.
Há um ditado popular que diz que um copo com metade de água, para o pessimista está meio vazio, já para o otimista ele está meio cheio.
Eu complemento esse ditado: o motivado quando vê um copo pela metade ele já pede outra garrafa.
O motivado vai além do otimista, por que ele não só reage com positividade em situações normais, mas principalmente nas situações adversas, quando usa seu instinto de superação.
Só o motivado consegue reverter as situações adversas a seu favor, saindo assim mais fortalecido do que entrou, por que consegue olhar com otimismo, mesmo que o cenário lhe seja totalmente desfavorável.
John Maxwell diz que a vida é 10% do que acontece conosco e 90% de como reagimos a isso. A nossa vida nada mais é o resultado daquilo que acreditamos e de como reagimos diante das situações.
Costumo dizer nas minhas palestras que sonho sem ação é ilusão. Atitude é tudo. Reaja positivamente, mesmo que a situação lhe pareça desfavorável, e irá se surpreender com o resultado.
Lembre-se que você pode acordar a cada manhã, se sentir pessimista e reclamar de tudo. Ou pode se sentir otimista e motivado e agradecer por tudo. O dia será o mesmo, mas os resultados não.
Dá para ser motivado num cenário adverso e sair vencedor?
Isso só depende de você. A decisão é sua!
Eduardo Martinez é CEO da a Top Training – Treinamentos e Palestras, Palestrante, Escritor, Especialista em gestão de Pessoas e colunista do Gente Mais Portal.
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