As doenças mentais são estados de saúde que estão ligados a mudanças de emoção e comportamento, normalmente associados à angustia e dificuldade de desenvolvimento social.
Essa situação pode afetar qualquer um, não importando a idade, gênero, raça, renda, orientação sexual, geografia, religião ou qualquer outro tipo de classificação de pessoas.
É importante ressaltar que é uma condição médica e tratável – como a diabetes, por exemplo – e que não há motivos para constrangimentos ou tabus ao falar sobre o tema.
Por outro lado, a saúde emocional é a habilidade em lidar e gerenciar as emoções como a raiva e tristeza, de forma que o equilíbrio seja trabalhado, preservando emoções positivas e desenvolvendo técnicas de autoconhecimento e do próximo para que a habilidade social seja preservada de forma saudável.
Ademais, é de extrema importância que a saúde emocional tenha uma atenção especial, uma vez que um desequilíbrio de emoções pode deixar com que sentimentos negativos fiquem em evidência com frequência e ocasionem sintomas como insônia, irritabilidades e choro intenso, dando abertura ao esgotamento emocional.
Na contemporaneidade e nas condições pandêmicas em que vivemos, é muito comum o desenvolvimento de transtornos emocionais, principalmente por parte dos profissionais da saúde. Segundo um estudo realizado pela PEBMED, 78% dos profissionais que estão na linha de frente contra o coronavírus apresentaram sinais de Síndrome do Esgotamento Profissional, o Burnout. Dentre eles, 79% são médicos, 74%, enfermeiros e 64% técnicos de enfermagem.
Mas quais são as causas desse fator?
Entre eles, os desafios que enfrentam no dia a dia sem ter a garantia de segurança psicológica em meio a um ambiente de trabalho hostil que não prioriza o relacionamento do funcionário com a liderança. Além disso, os equipamentos de proteção individuais são escassos e a demanda é abundante. A pressão de viver rodeado de pacientes doentes, lutando pela vida, faz com que o médico esqueça de sua própria saúde para viver em função de sua profissão.
O Burnout não é o único e nem o pior dos distúrbios que afetam, não exclusivamente os profissionais da saúde, como também a população. As grandes incertezas passeiam diariamente pelos pensamentos do cidadão: empregabilidade, renda, horários de lockdown, amigos e familiares em situações de vulnerabilidade, pessoas ao redor morrendo a todo instante, quando será possível voltar a viver normalmente?
Por isso, urge que todo cidadão cuide de si mesmo e daqueles ao seu redor, separe um tempo para si e para praticar o autocuidado, buscando apoio em familiares e amigos próximos, compartilhando boas notícias e sentimentos, deixando de lado as cobranças em excesso e reconhecendo que todos precisam de ajuda.
Nunca é tarde, e a saúde não é um tópico irrelevante e dispensável, muito pelo contrário, cuide de si mesmo!
Isabelle Apolinário, estagiária Gente Mais sob a supervisão da jornalista Thayná Fogaça.
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