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Édila Souza

DIGA-ME COMO SE RELACIONAS E EU TE DIREI QUE LIDER VOCÊ É

Tem hora que uma boa frase clichê traz nossa atenção para um assunto que pensamos já conhecer tudo que precisamos: inteligência relacional. Você sabia que a inteligência relacional é uma habilidade? E, portanto, pode ser aprendida. Mas, como?

Para começar é necessário defini-la. Inteligência Relacional é a capacidade de lidar, primeiro, consigo mesmo, para depois lidar com o outro. Da profunda relação intrapessoal que você tem que ter com o seu eu interior até a interpessoal, que é quando você estabelece contato, afeto, trocas com as outras pessoas, tudo é inteligência relacional.


Conhecer a si mesmo vai além de resolver problemas e controlar emoções. Isso tem a ver com construir a sua jornada individual baseado no que você acredita. O crescimento pessoal e profissional passa pelo reconhecimento de nossos pontos fortes e defeitos, o que nos bloqueia e o que nos liberta, e quais ferramentas e estratégias vão nos guiar ao sucesso desejado.


O autoconhecimento é fundamental para você que ocupa um cargo de liderança. Quem consegue inspirar e ser exemplo se não está atento às suas próprias limitações? Liderar é olhar para si através do outro, é se relacionar buscando o benefício mútuo e o aprendizado coletivo.


O líder que utiliza sua inteligência relacional respeita as diferenças pessoais, aceita ouvir opiniões contrárias e novas ideias. Também, é capaz de se comunicar de forma sincera e assertiva e, portanto, tem mais facilidade em resolver conflitos dentro da equipe.


Algo a destacar é que, como líder, você terá que se relacionar com pessoas que compartilham dos mesmos gostos, valores e personalidade que você… e outras que são um completo oposto. É preciso saber lidar com cada perfil que encontrar na sua vida, sem favoritismo e sem preconceito com a diferença e diversidade.


Esse não é um trabalho fácil, mas com o tempo se aprende a entender melhor como cada pessoa “funciona”: algumas são mais abertas, conversando livremente sobre qualquer assunto; outras são mais fechadas, e precisam de um incentivo e de uma relação sólida de confiança e respeito para se abrir; algumas agem melhor com a pressão; outras necessitam de tranquilidade; umas precisam de feedbacks constantes; outras preferem diferentes estímulos para se motivarem… Essa sabedoria é conquistada aos poucos, com muitos erros e acertos. Para entender melhor os diferentes perfis, hoje você já pode contar com a ajuda de mapeamentos de perfil comportamental para conhecer-se e conhecer sua equipe. São muitos os modelos presentes no mercado. Se quiser aprofundar no assunto é só me chamar.


Outra questão a ficar atento é que toda a relação necessita de limites, mesmo com as pessoas que são amigas e familiares. Mesmo os ambientes mais descontraídos precisam de regras, para garantir que tudo está funcionando da maneira que deve. É fundamental ter normas e deixá-las claras para toda a equipe – para ter uma conduta transparente – como forma de garantir o bem estar e funcionamento do grupo.


Claro que também não é bom ser um líder autoritário, com um pacote de regras rígidas e que não aceita opiniões diferentes. Flexibilidade é uma das qualidades de uma liderança positiva, e saber estar aberto (e ouvir, como dissemos acima) é fundamental para que a equipe conquiste o seu objetivo da forma mais saudável possível.


E, então, está pronto para dar mais um passo na sua caminhada como líder? Toda descoberta contribui para nosso conhecimento, e toda forma de saber aprofunda nosso entendimento e acrescenta mais uma dimensão à nossa visão de mundo. Por isso, aproveite para aprimorar mais um pouco a sua liderança desenvolvendo sua inteligência relacional.


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