Dizem que recordar é viver, principalmente quando esses momentos nos trazem boas lembranças. Quando são engraçados então ficamos com a sensação de prazer em dose dupla.
O fato que irei relatar aqui aconteceu na década de 1980, quando eu recém formado em Ciências Contábeis resolvi compartilhar o que tinha aprendido no meu bacharelado.
Deixando aflorar o meu lado de professor fui contratado como docente no Curso Técnico de Contabilidade no Colégio Monsenhor Seckler da minha cidade.
Sabe aquele ditado: Quem não cola não sai da escola, nunca foi tão verdadeiro. Quem nunca usou desse recurso que atire a primeira cola, digo, a primeira pedra.
Certa vez quando submetia uma das minhas classes com a prova de Contabilidade Pública, uma das alunas achando-se esperta usou abusadamente desse artificio. Pensando que eu estava distraído, aproveitou e trocou sua folha de prova com uma colega.
Mas pude observar toda ação pelo reflexo do vidro da janela. Foi quando vi que a amiga escrevia a lápis a resposta no verso e logo depois destrocaram a folha.
Agi com naturalidade como nada de anormal tivesse acontecido para a alegria das alunas. Fiquei pensando como faria para dar uma lição para mostrar a elas que aquilo não era correto.
Mas tive uma grata surpresa quando fui corrigir as provas e vi algo que provou que não existe crime perfeito. Talvez pela tensão que esses momentos trazem, a adrenalina a mil com certeza a fez esquecer de apagar a resposta do verso da prova.
Foi o pretexto que usei para descontar das duas alunas os pontos relativos à questão e ainda por cima, ensinar a todos os alunos que quando agimos assim, na verdade, não estamos enganando ninguém, senão a nós mesmos.
No momento que expus isso na sala de aula foi uma verdadeira saia justa, mas no final foi tudo muito hilário, onde todos riram da situação.
Tem uma outra estória que ouvi na sala dos professores bem parecida com essa.
Conta-se que dois alunos fizeram a mesma prova e ambos erraram apenas uma pergunta. O estranho é que o professor deu nota oito a um dos alunos e zero para outro.
Por ser respostas dissertativas o professor observou que as respostas eram copias idênticas uma da outra, inclusive na pontuação. Mas na resposta errada ficou comprovado qual dos alunos tinha copiado as respostas do outro.
No dia seguinte o professor ao ser questionado pelo aluno que recebeu a nota zero, que alegava que era o outro aluno que tinha copiado dele, respondeu convicto:
- Tenho a certeza que foi você que copiou do seu colega, por que na resposta errada ele respondeu: Não Sei. E você respondeu: Eu também não!
Não tente copiar ninguém. Evite pagar esse mico.
Nunca deixe de ser você. Num universo de mais de 7,8 bilhões de pessoas não existe ninguém igual a ninguém. Aí está a maravilha e a perfeição da criação divina.
Você é único com suas particularidades e defeitos, mas também com suas qualidades e talentos. Deus te criou com um DNA exclusivo e especial, que te faz diferente para fazer a diferença.
O que dá certo para uma pessoa não dá certo para outra.
Não existe formula e nem manual de instrução para o ser humano. Cada qual tem jeito que o torna diferente dos demais.
Por que numa mesma situação pessoas tem reações e resultados diferentes? A resposta é simples: Por que não somos iguais.
John Maxwell, escritor, conferencista e pastor tem uma frase que gosto muito e prova essa verdade: A vida é 10 % do que acontece comigo e 90% de como reajo a isso. Está em suas mãos a decisão.
Para te ajudar vai a dica final. Não copie ninguém!
Porém nunca deixe de se inspirar em pessoas, principalmente daquelas que agregam valores na sua vida.
Essas pessoas são bençãos de Deus, que pelos seus belos exemplos de bondade e humildade nos inspiram a seguir esse mesmo caminho, sem abrir mão de nossa identidade.
Lembre-se disso sempre: Seja você mesmo o protagonista de sua vida, por que não existe ninguém tão especial como você para exercer esse papel!!!
コメント