4 Pontos de atenção para auxiliar a produtividade em momentos de turbulência e problemas generalizados.
Texto por Diego Taketsugu*
O mundo parece estar de cabeça para baixo ultimamente. Tudo está acontecendo ao mesmo tempo: pandemia, problemas econômicos, crise política, mudança climática, queimadas por todo o mundo, até nuvem de gafanhotos destruidores de lavouras já rolou! E no meio de todo esse fogo cruzado lá está você e sua empresa. O que é humanamente possível de se fazer para entregar produtividade em um momento tão confuso? Antes de chegarmos a esta resposta, para evitarmos decepções futuras, é preciso mencionar que nem o melhor dos gestores será capaz de voar como um super herói, salvando o dia e solucionando todos os problemas do mundo e trazendo estabilidade ao planeta. O papel da liderança empresarial é minimizar os impactos dos fatores externos na capacidade produtiva interna de uma companhia.
Segundo levantamento da revista Você R.H, existem 4 grandes tópicos de atenção para a gestão e setor de Recursos Humanos monitorarem e trabalharem nas organizações.
Flexibilidade: Com a chegada do indesejado novo coronavírus ao mundo, causando a pior pandemia dos últimos 100 anos, muitas pessoas tiveram alterações nos seus horários e/ou locais de trabalho disponíveis, seja porque, trabalhando em casa e com as escolas e creches fechadas, agora o funcionário tem que dividir sua atenção entre o home office e os afazeres domésticos, ou por qualquer outro motivo. Com isso, as empresas precisam trabalhar com a ideia de flexibilidade. Dar liberdade para os funcionários trabalharem em horários que melhor se adaptem às suas rotinas próprias pode parecer um pouco progressista demais, mas pode aumentar consideravelmente a produtividade da corporação. Entender quais jornadas de trabalho funcionam melhor para cada equipe e aplicá-las com eficiência é papel da gestão e do setor de RH.
Monitoramento: Com o trabalho saindo do escritório, onde os olhos do chefe alcançam tudo, e indo para as casas de cada funcionário, muitos gestores têm o medo de perder o controle de suas equipes. Com isso, muitas empresas vêm investindo em tecnologias de monitoramento do trabalho de seus colaboradores. Mas essa pode ser uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que a empresa e o RH têm maior detalhamento sobre a jornada de trabalho de todos, alguns funcionários podem sentir que estão tendo sua privacidade violada dentro de seus próprios lares, criando uma situação desconfortável para todos os envolvidos. Idealmente, o setor de RH, junto com o setor de Tecnologias da Informação (TI) deve abrir um diálogo com com todos os colaboradores para que se chegue em alguns combinados sobre como será feito esse monitoramento.
Saúde Mental: Esse é um tópico muito delicado, uma vez que em momentos turbulentos como o atual, é provável que boa parte da equipe esteja se sentindo desconfortável com a própria saúde mental. Por isso mesmo, é papel do RH trazer rodas de conversa, palestras e outras dinâmicas sobre o tema, tentar trabalhá-lo no ambiente corporativo é uma boa demonstração aos colaboradores de que a empresa se importa genuinamente com eles. E na realidade, é expressivo o número de gestores preocupados com a saúde mental de suas equipes. Segundo levantamento da revista Você R.H, pelo menos 94% dos executivos dizem estar, pelo menos, “muito preocupados” com o assunto. Portanto, demonstre essa preocupação, trate seu funcionário com empatia e procure sempre dar algum suporte, seja por meio do RH, ou simplesmente ouvindo um desabafo. Estar preocupado com a saúde mental dos colaboradores é importante, mas o que você faz com esta preocupação é mais ainda.
Sociedade e Política: Às vezes, a política e as questões sociais podem parecer um pouco distantes da cadeia produtiva da sua empresa, mas acredite, elas afetam e muito. De acordo com uma pesquisa veiculada na Você R.H, mais da metade dos trabalhadores nos EUA sentiram sua habilidade produtiva afetada, em pelo menos algum momento, durante o conturbado processo eleitoral para a escolha do novo presidente, em 2020. Muitos responderam também que deixaram de falar com outros funcionários para evitar discussões políticas. Claramente, este cenário está longe do ideal. A produtividade e a comunicação interna da empresa estão severamente danificadas. Neste quesito, o RH deve entrar pacificando a situação, até mesmo estimulando diálogos saudáveis sobre temas sensíveis, como os protestos antirracistas Black Lives Matter e sempre zelando pela harmonia e pelo respeito às diferenças no ambiente de trabalho.
Com atenção nesses pontos específicos, a empresa tem tudo para apoiar e auxiliar seus colaboradores ao máximo a passar por esses momentos de maneira mais saudável.
*Estagiário Gente Mais sob supervisão da jornalista Thayná Fogaça
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