Mais de 250 mil seguidores e um alto nível de engajamento em posts pessoais, fotos em viagens e do dia a dia, um poder de influência considerável. Comum para um influencer de Instagram, exceto pelo fato de que a dona do perfil é uma abelha.
A responsável por esse projeto é a Instituição Filantrópica Foundation de France, que com 50 anos de experiência criou o BEE FUND com o objetivo de financiar ações consideradas as mais fundamentais e urgentes na proteção de todas as espécies de abelhas.
Através dessa ação, a organização espera que a presença notável da figura seja um incentivo para que marcas façam parcerias para promover seus produtos. Assim, o dinheiro gerado será destinado ao seu fundo apícola e usado para financiar a reconstrução de habitats e aumentar a conscientização sobre os impactos dos pesticidas nos polinizadores, convertendo agricultores em técnicas amigáveis.
As ações mais úteis e eficazes serão selecionadas contando com comitês de especialistas voluntários independentes, e a FDF apoiará e monitorará as associações identificadas para garantir o uso adequado dos fundos.
“Se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana”
Albert Einstein
As abelhas são essenciais para o equilíbrio do ecossistema e também para a vida humana, são responsáveis pela polinização de dois terços de todos os alimentos que consumimos e em realizar a polinização de 80% das plantas. Ademais, o setor da apicultura emprega e auxilia na economia brasileira, por esses motivos existe a preocupação com o uso excessivo de agrotóxicos e pesticidas nas plantações que matam diariamente a espécie e colocam em risco o ecossistema.
A abelha fictícia criada por meio da computação gráfica e nomeada B, postava fotos de seu cotidiano, atividades diárias e viagens. Até que no dia 8 de abril de 2021 um anúncio foi feito em sua rede social comunicando sua morte por pesticida. O impacto que era pretendido com certeza foi atingido, afinal, aquilo com que a ativista lutava contra, foi o motivo de sua morte.
Esse é um exemplo claro de como a comunicação referenciada funciona e como, mesmo que por um personagem fictício, o público estabelece uma relação de afeto com aqueles que acompanha.
Através de simples posts, a empresa foi capaz de fortalecer sua causa e ponto de vista, expandindo sua mensagem de conscientização para além de qualquer bolha criada. Qualquer usuário do Instagram poderia seguir e identificar-se de alguma maneira com a abelha, que mantinha números significativos de likes e comentários.
Não há como prever os impactos que um projeto será capaz de causar, mas através de uma comunicação planejada, bem estruturada e realizada por profissionais dedicados, o engajamento é presente como uma consequência e a marca, juntamente com seus ideais, é fortalecida.
Isabelle Apolinário, estagiária Gente Mais, sob a orientação da jornalista Thayná Fogaça.
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