O conhecimento sempre foi visto como algo valioso na vida das pessoas, das organizações e da sociedade, pois consegue transformar vidas e negócios e, se bem aplicado, contribui para alavancar o desenvolvimento cultural, tecnológico, organizacional, social, entre outros.
A tempos vivemos em uma sociedade do conhecimento, termo originalmente utilizado por Peter Drucker, que considera o conhecimento com um elemento fundamental para o desenvolvimento e progresso da sociedade.
Entretanto, o conhecimento por um período foi fortemente utilizado como forma de exercer poder, e quem o conseguia primeiro tinha melhores condições de sucesso. Ainda bem, que esse momento e entendimento equivocado tem sido atualizado, com uma mentalidade mais colaborativa para algo mais agregador, fluído e humanizado.
Do que vale o conhecimento, sem compartilhamento, sem aplicabilidade prática, sem gerar novos insights e principalmente sem colaboração, é necessário que valorizemos não só o conhecimento, mas todas as experiências, as vivências, os aprendizados coletivos e individuais em uma atuação compartilhada e orgânica.
“Não se enche um copo cheio, primeiro precisa esvaziá-lo para depois encher de novo...assim é o processo de aprendizado, precisamos desaprender para aprender de novo”
Então, se estamos mudando as formas de atuação para condições mais colaborativas, sejam nas das redes sociais, nos ambientes organizacionais, na educação, nas artes, entre outras áreas, na busca de ampliarmos nosso reportório de conhecimento, não é uma surpresa que também precisamos mudar nossa forma de aprendizado ou de sua retenção.
O aprendizado colaborativo ou aprendizado ativo nos tira de uma posição passiva para a ação, ou seja, nos transporta do papel de coadjuvante para protagonista do processo de aprendizagem, onde assumimos uma postura prática de aplicabilidade de todo o nosso potencial de absorção e compartilhamento do conhecimento.
No final de 2020 foi publicado no relatório “The Future of Jobs” pelo Fórum Econômico Mundial que até 2025 em uma lista de 15 principais competências, o “aprendizado ativo e as estratégias de aprendizado” aparece em segundo lugar, significando que as pessoas precisam manter uma atualização constante de aprendizado ao longo da vida, ou em inglês, lifelong learning, independente das posições profissionais que exercem.
O objetivo é mantermos uma postura de aprendizagem ativa, mas para isso é importante também sabermos quais as formas mais eficientes e eficazes, e quais as práticas que podem contribuir com um maior aproveitamento das oportunidades de obtenção de conhecimento.
A pirâmide de aprendizagem, como conhecemos hoje, é atribuída aos estudos de William Glasser e Edgar Dale, teoria que se tornou conhecida em aplicações na educação, porém, são conceitos amplos que podem ser aplicados a indivíduos e organizações. Esse modelo de formas de aprendizagem (ou de retenção) é amplamente aceito, ganhando status de autoridade.
E mesmo que haja questionamentos em relação a esse modelo, é reconhecido que existem elementos que estimulam a participação ativa dos envolvidos, como, por exemplo: maior retenção do conhecimento, estimula ao pensamento crítico, motivação para aprender, melhora o engajamento, desenvolvimento da autoconfiança e resolução simplificada de problemas, são todos elementos que favorece o aprendizado de todos.
Ao entendermos essa teoria da pirâmide de aprendizagem, verificamos que quanto mais interagirmos de forma colaborativa ou ativa, maior será a assimilação do que aprendemos, aumentado o tempo de fixação dos conteúdos com uma aprendizagem mais eficiente e eficaz.
Busque oportunidades para compartilhar o conhecimento, experimente coisas novas, coloque as ideias em prática, e principalmente mantenha-se protagonista do seu aprendizado, tornando o seu dia sempre um momento de aprender, reaprender e ensinar, afinal, todo aprendizado um dia pode ser útil.
Silvio Rocha é Líder de Transformação Digital, Arquiteto de Inovação, Especialista em Design Thinking, Coach, Palestrante, Professor e colunista do Gente Mais Portal.
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