Qual a receita para uma vida feliz? Desde 1938, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, vêm procurando uma resposta por meio do Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto, que analisa a vida inteira de 700 pessoas.
A pesquisa monitorou o estado físico, mental e emocional durante toda a vida dessas pessoas. Hoje, o estudo segue, agora com mais de mil avaliados, filhos dos participantes originais.
O atual (quarto no geral) diretor do estudo é o psiquiatra estadunidense Robert Waldinger. Ele deu a palestra no TED “O que torna uma vida boa? Lições do estudo mais longo sobre a felicidade”, que viralizou e já foi baixado mais de 11 milhões de vezes. Segundo ele, pessoas satisfeitas com seus relacionamentos e mais conectadas com outros tendem a viver mais e melhor).
E contra fatos não há argumentos. A qualidade de nossas relações prolonga nossas vidas, aumentam nossa saúde e ainda nos fazem sentir mais felicidade durante a jornada.
Ao descobrir esta pesquisa, fiquei atônita. Comecei imediatamente a prestar atenção às pessoas ao meu redor.
Eu sempre aprendi muito por espelhamento, por isso, me preocupo em buscar boas referências - que, felizmente, não me faltam.
No início de minha vida, porém, não tive referências boas de amizade, amorosas ou mesmo de casamento. Com isso, fiquei desiludida e a achar que tudo isso não passava de perda de tempo. Com o passar dos anos, aprendi que nosso passado não determina o futuro, o presente sim, Por isso, me abri mais para a vida.
No decorrer da vida, pude aprender que nosso passado não determina nosso futuro, mas as coisas que faço agora no presente sim. Por isso comecei a me abrir um pouco mais para vida.
Casei aos 17 anos. Por ter engravidado cedo, precisei assumir esta responsabilidade ainda muito jovem e minha primeira experiência só reforçou minha ideia sobre o amor: que só traria sofrimento e, com 23 anos, veio a separação. Passei a não querer mais que o amor fizesse parte da minha vida. Cheguei a ter alguns relacionamentos, mas nenhum que me fizesse mergulhar de cabeça.
Aos 23 anos me separei, e passei a ter uma vida onde eu não queria que o amor fizesse parte. Tive alguns relacionamentos, mas em nenhum deles permiti me entregar.
Aos 26 anos, um novo dilema: encontrei uma pessoa muito especial, que queria iniciar uma família comigo, mas eu ainda estava com um pé atrás. Eu queria uma relação segura, em que eu pudesse ser eu mesma, mas seria isso possível? Eu sabia que nenhum relacionamento é perfeito e senti que deveria tentar. Resolvi me entregar ao segundo casamento, muito mais complexo que o anterior, pois eu já tinha um filho e meu marido, já tinha 2.
Eu queria ter uma relação em que me sentisse realmente segura, em que pudesse ser eu mesma. Mas, até que ponto realmente isso aconteceria? Eu já sabia que nenhum relacionamento é perfeito, e senti que precisava tentar. Me lancei ao segundo casamento, agora muito mais complexo, pois eu já tinha um filho do meu primeiro casamento e meu marido já tinham outros dois filhos.
Afundada na solidão desde o divórcio, pude experimentar uma conexão real. Duas pessoas juntas numa jornada de aprendizado e sem se cobrar pela perfeição.
Ainda me pergunto qual o significado que essas relações têm para mim. A resposta é sempre a mesma: é o amor sem máscaras, sem tentar ser feliz a todo momento, mas compartilhando os momentos difíceis e sentindo a felicidade plena toda vez!.
E hoje, posso dizer que o amor, os relacionamentos e meu casamento resgataram minha vida!
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